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Paulínia investe na diversificação de sua economia, diz Du Cazellato


Próximo do final do mandato, prefeito comemora a estabilidade administrativa e financeira do município, que busca atrair empresas fora do setor petroquímico.

Após um período conturbado marcado por sucessivas mudanças de prefeitos e escândalos, Paulínia finalmente alcançou estabilidade política e administrativa. Esse cenário positivo tem permitido ao município avançar em setores como saúde, educação e segurança pública. Essa é a avaliação do atual prefeito, Ednilson Cazellato (PL), mais conhecido como Du Cazellato, que concluirá seu mandato em dezembro. Ele destaca que a confiança do empresariado na administração municipal foi restaurada, o que tem incentivado novos investimentos na cidade.

"Anteriormente, os empresários não tinham confiança para investir aqui, mas isso mudou completamente", afirma Cazellato. Um dos objetivos de sua gestão foi atrair empresas fora do tradicional polo petroquímico, visando diversificar a economia local.

Em visita ao Correio Popular, onde foi recebido por Ítalo Hamilton Barioni, presidente-executivo do jornal, Du Cazellato, originário do bairro Betel em Paulínia, contou que sempre teve um vínculo forte com a cidade. Nascido em Campinas em 1971 devido à falta de maternidade em Paulínia naquela época, ele cresceu trabalhando no mercado de secos e molhados da família, fundado em 1941. O estabelecimento atendia cerca de 100 colonos e vendia uma variedade de produtos, com pagamentos geralmente feitos após as colheitas.

Seu interesse por política surgiu no final dos anos 1980, quando começou a se envolver em campanhas eleitorais. Ele recorda o plebiscito de 1991, que integrou o bairro Betel a Paulínia, destacando problemas de infraestrutura enfrentados na época. Sua carreira política começou em 2004, quando se candidatou a vereador, mas não foi eleito por uma margem estreita de 47 votos. Tentou novamente em 2008 sem sucesso, mas em 2012 foi eleito vereador com 1.528 votos, sendo o segundo mais votado.

Em 2019, tornou-se prefeito ao vencer uma eleição suplementar e foi reeleito em 2020, tornando-se o primeiro prefeito a completar um mandato em Paulínia desde 2009. Du Cazellato reflete sobre sua gestão, o recente histórico político da cidade e os futuros investimentos planejados para o município.

Após sua eleição como vereador, qual foi sua avaliação inicial sobre o estado da cidade de Paulínia? Considerando os desafios e disputas políticas que marcaram a última década, quais foram as principais questões e condições que o senhor encontrou ao assumir o cargo?

Quando fui eleito em 2012, para o ciclo 2013-2016, o clima político estava péssimo. A cidade estava dividida entre dois grupos: o do Pavan (ex-prefeito José Pavan Júnior) e o do Edson Moura. Era uma briga constante. Quem perdia, corria para a Justiça para tentar tomar a cadeira do outro. Aí, quando conseguia, o outro fazia a mesma coisa. Enquanto isso, a Prefeitura ficava nas mãos do presidente da Câmara, que assumia por um mês, 15 dias, e depois voltava o prefeito que tinha ganhado a eleição. Uma bagunça total!

E quais foram as medidas tomadas para tentar reverter a situação até a posse como prefeito?

Fui reeleito (vereador) em 2016, como o mais votado para ser presidente da Câmara Municipal. Fui fazendo a gestão do dinheiro público, que é diferente de fazer gestão do dinheiro da casa, do mercado, tem gente que acha que é igual, mas não. Os processos no setor público são mais morosos. Então, onde tinham gastos exorbitantes, contratos sem necessidade de existirem, foram cortados, entre 2017 e 2018 devolvemos mais de R$ 10 milhões para os cofres públicos, isso sem alterar a estrutura da Câmara.

Depois que o prefeito foi cassado, eu assumi a Prefeitura no final do meu mandato da Câmara, através de uma decisão judicial. Fiquei 76 dias, até o dia 31 de dezembro. O novo presidente da Câmara tentou assumir a Prefeitura a força. Eu estava cumprindo a decisão judicial e disse a ele que fosse buscar a posse na Justiça. Então, ele (Antônio Miguel Ferrari, o Loira) assumiu a Prefeitura no dia 1 de janeiro, mas oficialmente foi em 19 de janeiro (2019).

Nesse tempo ele veio chutando e quebrando as portas, estourou vidros, quase que me tirou da cadeira no tapa. Mas eu estava cumprindo uma determinação da Justiça, não podia simplesmente entregar a chave para ele. O processo foi novamente para a Justiça, o Judiciário de Paulínia negou (a posse de Loira), mas um desembargador de São Paulo concedeu, então ele ficou nove meses no cargo e eu voltei à minha função de vereador.

Foram meses de expectativa à espera de uma eleição suplementar. Eu convoquei o suplente, desliguei meus assessores e me afastei da função para fazer campanha na rua, pedindo voto. Três meses depois foi marcada a suplementar e eu ganhei com dois mil votos a mais do que o segundo colocado. Tomei posse no dia 7 de outubro, totalizando um ano e três meses no cargo, até 31 de dezembro de 2020.

Como foi assumir a Prefeitura nesses 76 dias, com qual cenário o senhor se deparou?

Nesses 76 dias, tive que trabalhar com o que tinha: apenas R$ 73 mil no caixa, numa cidade que movimenta R$ 140 milhões por mês. A Lei de Responsabilidade Fiscal estava consumindo 58% da receita. Então, foi muito trabalho para equilibrar as receitas. Em 2020, fui reeleito, mas foi extremamente complicado por causa da pandemia. Sem dúvida, foi o pior momento da minha gestão.

Foi pior do que assumir a Prefeitura em 2018?

Foi sim, primeiro porque eu não sou formado na área médica, então montamos um comitê para ouvir médicos, enfermeiros, todos da saúde. Precisava investir em equipamento, mas não tinha no mercado. Foi assustador acordar e ver quantas pessoas haviam falecido, tendo que escolher qual atitude tomar. Foi o pior momento da minha vida.

Prefeito, como o senhor lidou com a questão das finanças naquele momento? Quais medidas foram adotadas? Teve renegociação de contratos e cortes de gastos?

Para se ter uma ideia, quando assumi em outubro de 2019, havia uma fila de mais de 200 pessoas para cirurgia de órtese e prótese. Falei com o secretário de Saúde, que se tivesse que comprar no emergencial, nós íamos comprar, então começamos a contatar os fornecedores, mas ninguém atendia. Até que uma empresa informou que, não só ela, mas das 12 empresas responsáveis em fornecer órteses e próteses, nenhuma iria nos atender, por que a Prefeitura estava devendo para todas.

Tivemos que negociar, pois não havia dinheiro na época, e eu me comprometi a pagar assim que virasse dezembro e valesse o novo orçamento, porque a Prefeitura teria o dinheiro, efetivando o pagamento até fevereiro, como foi feito. Os empresários aceitaram e saímos da reunião com as órteses e próteses garantidas.

Era uma questão de confiança, de credibilidade na Prefeitura, então?

Exatamente. Foi assim que tratamos vários contratos. Chamamos os empresários e pedimos a colaboração deles, para que confiassem na nossa administração. Com isso, fomos zerando as filas de órteses e de catarata. Não tínhamos tomógrafo funcionando e só havia um aparelho de raio-x, que era obsoleto e quebrava diariamente. Era necessário investir, especialmente com a chegada da pandemia.

Enquanto outras cidades estavam fazendo hospitais de campanha, fizemos um orçamento e vimos que custaria R$ 5 milhões para instalar um na nossa cidade. Como já tínhamos um hospital com partes ociosas, decidimos investir nele, porque assim ficaríamos com o equipamento. Hoje, o hospital é uma referência. Ainda não é o ideal, porque na saúde o investimento tem que ser constante.

Outro detalhe é que esse hospital tem portas abertas, não negamos atendimento a ninguém, então as cidades vizinhas também utilizam. Agora temos aparelhos de raio-x, tomógrafos, aparelho de laparoscopia, e por aí vai. Esse investimento reduziu as filas e atraiu pessoas de fora para o hospital, que agora atende cerca de mil pessoas por dia.

O senhor tem uma estimativa de qual percentual dos atendimentos é destinado a pessoas de fora da cidade?

Foi feita uma pesquisa, estamos atingindo quase 40% do atendimento com pessoas de fora de Paulínia. Em 2019 pegamos o hospital com 4 leitos, hoje temos 17, todos equipados.

O Hospital Municipal de Paulínia é considerado uma referência na área da saúde, equipado com aparelhos de raio-X, tomógrafos, dispositivos de laparoscopia, entre outros equipamentos médicos. Os investimentos realizados reduziram significativamente as filas de espera e atraíram pacientes de outras localidades.

Foto: Kamá Ribeiro

Embora não seja diretamente uma responsabilidade do município, a segurança pública é uma preocupação constante e crescente para a administração local. Como está sendo abordada a questão da segurança pública em Paulínia?

A guarda municipal não conseguia atender toda a cidade, então investimos no Centro de Operação Integrada, o COI, que é um centro que monitora 100% do município, com 200 câmeras que conseguem puxar até dois quilômetros de zoom. Trocamos toda a frota da GM para carros zero Km, aumentamos a frota em mais dez motocicletas, agilizando o atendimento. Foram trocadas as armas que estavam ultrapassadas, para equipamentos importados.

Esse é o cenário ideal? O que mais pode ser feito para qualificar a segurança?

A única coisa que precisamos investir mais é no efetivo, contratar mais guardas. Precisamos contratar também mais profissionais para a saúde e educação. Nós precisamos cortar custos. Devido aos dois anos de pandemia não pudemos abrir concursos públicos, até porque a folha já estava saturada em 58%. Agora, conseguimos reduzir para 44%. Então conseguimos fazer um concurso para contratar mais médicos e médicos da família, as convocações começaram em julho, no total são mais 87 médicos de todas as especialidades. Vamos ver qual será o impacto disso na folha para que possamos abrir concurso para a Guarda. A meta é contratar mais 100 profissionais para o efetivo e, em seguida, para professores e educadores.

Como estão os aparelhos educacionais da cidade?

Nós temos 58 prédios públicos da educação, entre escolas e creches, além das 27 creches terceirizadas, acordadas com o Ministério Público. Assim conseguimos zerar todas as filas. Todos esses prédios são monitorados pela Guarda Municipal. Os alambrados foram substituídos por gradis, dando mais segurança para o morador que leva seu filho e também para o próprio aluno. Todas as salas de aula foram informatizadas, com lousas digitais. Foram trocados todos os mobiliários, mesas, carteiras, armários, em todas as salas, para ficarem padronizadas.

Como está o trabalho de diversificação econômica da cidade, especialmente no que diz respeito à atração de empresas de alta tecnologia, além do já reconhecido polo petroquímico? Quais são os esforços da administração para atrair novos segmentos para a região?

Os empresários não vinham para Paulínia, por causa da instabilidade que a cidade vivia. Quando os empreendedores acertavam os protocolos para a liberação das empresas, trocava o prefeito e o processo parava. Então, mais ou menos desde 2022, começamos a investir no Centro Empresarial de Paulínia. Foram destinados R$ 150 milhões, levando água, esgoto, calçada, guia, asfalto, ônibus, tanto para atrair novas empresas, quanto para beneficiar as 42 empresas que já estavam instaladas.

Qual é a previsão orçamentária para o próximo ano? E qual parte desse orçamento está destinada a investimentos?

Estão previstos cerca de R$ 2,4 bilhões. Porém, não esta sobrando muito, só neste ano foram R$ 33 milhões gastos com precatórios, em 2022 foram R$ 11 milhões e em 2023 mais R$ 9 milhões. Ao zerar os precatórios sobrará mais dinheiro para investimento. Provavelmente o novo prefeito vai assumir com a possibilidade de investir 20% da arrecadação. Não é muito, mas com a necessidade de contratações a folha deve subir para 50%.

Qual a situação dos contratos relacionados ao transporte público?

O transporte público estava há 20 anos operando com contratos emergenciais com a mesma empresa, e os gastos com passagens eram exorbitantes. Até a frota escolar e universitária era subsidiada por esses contratos emergenciais. Então, fizemos um novo contrato licitatório de 15 anos, com várias exigências: carros zero quilômetros com plataforma, aumento anual da frota, ar condicionado, rede wi-fi, e, mesmo assim, o munícipe continua pagando apenas um real pela passagem.

Além disso, substituímos todos os abrigos através de outra licitação. Uma empresa excelente cumpriu o contrato, melhorando todos os pontos de ônibus com iluminação, local para carregar o celular, sem discriminação de bairro.

Como está a situação atual da Pauliprev, considerando que em 2020 foi negociada uma dívida de R$ 76 milhões com a Prefeitura devido às administrações anteriores?

Foi terrível o que fizeram com a previdência dos funcionários públicos da nossa cidade. Eu e outros vereadores fizemos várias denúncias ao Ministério Público. A prefeitura recolhia o imposto, o INSS, de mais de 5 mil funcionários públicos através da Pauliprev. Desses, mil estavam afastados e o restante na ativa. Se dentro de cinco anos esses funcionários se aposentassem, não haveria dinheiro para pagar. Isso porque os prefeitos usavam a Pauliprev, com cinco indicações para as duas comissões que administravam o dinheiro, além da nomeação do presidente da Pauliprev. Então, em 76 dias após as denúncias, fizemos um projeto de lei que retirou do prefeito essas indicações. Agora, o presidente da Pauliprev é escolhido pelos próprios funcionários públicos, assim como as duas comissões administrativas.

Como o senhor avalia o trabalho conjunto dos municípios da região em relação à segurança, considerando a Muralha Paulista? Como essa colaboração entre os municípios pode beneficiar a população?

Após a implementação do COI, fui conversar com os outros prefeitos. As ações do COI estão integradas com mais 22 cidades da região. Isso é fundamental, porque quando há um roubo e a pessoa vai de uma cidade para outra, ela é detectada na hora.

Como está a questão do meio ambiente atualmente? Se pensarmos em Paulínia nas décadas de 90, era um problema significativo. O que mudou na situação ambiental da cidade desde então?

Quando assumimos a Prefeitura, o plano diretor estava atrasado há sete anos, permitindo loteamentos e construções sem nenhum critério. Com o novo plano diretor, conseguimos evitar que as áreas de construção avancem sobre os mananciais e matas, o que evitou danos ao meio ambiente.

Estamos em pleno processo eleitoral. Como o senhor avalia a condição em que entregará a cidade ao seu sucessor? Quais são suas expectativas em relação às políticas públicas que considera fundamentais para a população?

Eu tenho certeza que com as duas indicações que fizemos teremos a continuidade do trabalho, que são o Danilo Barros e o Edilsinho. São pessoas que têm interesse em ver a cidade melhor e sempre me aconselharam.

O Teatro Municipal de Paulínia, outrora reconhecido como um dos mais bem equipados do país, necessita de uma reforma completa, pois todo o seu interior, feito de madeira, está infestado por cupins; o custo estimado para a restauração varia entre R$ 4 e R$ 5 milhões

Foto: Kamá Ribeiro

Sobre o Teatro Municipal, que é um patrimônio de Paulínia e tem grande importância para a região, além de ter tido destaque nacional por muito tempo, como está a situação atual?

Sim, temos o teatro e sete estúdios de cinema, que poderiam gerar muitos empregos. Mas estamos enfrentando uma ação judicial, assim como no caso do sambódromo, que nos impede de fazer qualquer coisa. Isso tudo por causa de dívidas e contratos que estavam todos errados.

No caso dos estúdios, havia R$ 120 milhões em notas atestadas que não foram pagas devido às trocas de prefeitos, o que resultou na ação judicial. Estamos em tratativas com a empresa que entrou na Justiça e conseguimos um acordo junto ao judiciário da cidade. Conseguimos ajustar os valores, e a empresa abriu mão dos juros e da multa. A Prefeitura conseguiu parcelar a dívida em 80 meses, e a empresa poderá utilizar os estúdios pelos próximos 15 anos, como compensação pelo que foi perdido em multa e juros.

Quando o sambódromo foi construído, ele não tinha saídas de emergência nem o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). Quando tentaram obter o documento, não conseguiram. Depois, um outro administrador fez uma concessão para a construção da Universidade Brasil, mesmo sabendo da situação. Um contrato foi assinado, mas não deu certo justamente por falta de autorização de uso.

Agora, a situação está na Justiça, aguardando uma decisão do Supremo para que possamos pagar o que é devido e devolver o espaço para a cidade.

Sobre o teatro, há um problema com o mezanino, que nenhum bombeiro aprova o AVCB, pois foi construído de forma irregular. Poderíamos usar o teatro, mas apenas a parte de baixo. Fizemos um boletim de ocorrência porque todos os equipamentos internos desapareceram, e o prédio precisa de uma reforma completa, já que todo o interior é de madeira e está com cupim. Precisamos fazer uma concessão para uma empresa especializada, que consiga reformar o teatro e, em contrapartida, devolva o valor dos equipamentos mensalmente ou anualmente.

O teatro é um equipamento muito bom, mas ficou abandonado. Nossos engenheiros fizeram um levantamento e o custo estimado para a reforma está entre R$ 4 e R$ 5 milhões. Depois, será feita uma concessão, e quem ganhar terá o direito de uso por 18 anos, devolvendo para a Prefeitura cerca de R$ 5 a R$ 10 mil por mês.

Vários prefeitos expressaram preocupação sobre o possível impacto da reforma tributária nas contas dos municípios. Vocês realizaram alguma análise sobre isso? Qual seria o impacto da reforma tributária em Paulínia?

Paulínia precisa atrair mais empresas, já que atualmente 60% do imposto vem da Petrobras. Com a reforma tributária, a cidade será afetada, até mais do que Campinas, com uma redução de 20% na arrecadação. No entanto, esse impacto será sentido ao longo de dez anos. Até lá, acredito que muitas emendas serão feitas na reforma, pois o Estado como um todo será afetado.

Aproveitando o gancho, prefeito, existe pobreza em Paulínia?

Sim, existe, mas não é tanto. Cuidamos de muitas pessoas através de ações de promoção social. Oferecemos um auxílio de R$ 550, além de uma cesta básica no valor de R$ 280, para quem está desempregado, com acompanhamento das nossas assistentes sociais. Também temos o programa Emprega Paulínia, que só neste mês conseguiu empregar 175 pessoas em dez dias nas empresas da cidade, ajudando a reduzir o número de pessoas em situação de vulnerabilidade.

O senhor tem algum hobby?

Uma das coisas que mais gosto de fazer é me encontrar com os amigos para bater papo.


Fonte: Jornal Correio Popular | Manuel Alves Filho | Bruno Luporini bruno.luporini@rac.com.br

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